Animais de rua: De quem é a responsabilidade?

Ao adquirir um animal de estimação animal, comprado ou adotado, o tutor deverá prestar toda a assistência necessária, despesas com alimentos, higiene e cuidados veterinários. Não poderá abandonar em caso de doença, nem deixá-lo em lugares anti-higiênicos que lhe impeçam o movimento, descanso, presos em correntes e privados de ar e luz. Pelo menos é o que diz a lei nº 9.605, de1998, que no artigo 32 pune a quem praticar abusos, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos e exóticos com pena de três meses a um ano de prisão e pagamento de multa. Em caso de morte do animal, a pena pode ser aumentada.

Brasil

Mas, meus queridos leitores, aqui não é a Suécia, nem a Suíça, nem o EUA, aqui é o Brasil, uma sociedade moralmente falida, com instituições e políticos comprometidos com a corrupção. Acham que a nossa sociedade representada por governantes, legisladores e magistrados indiferentes e inertes ao clamor social por segurança, educação e saúde; tem condições de punir quem maltrata um animal, se não punem políticos ladrões, assassinos, estupradores?

Então, faça sua parte como cidadão, evite o abandono, só adquira um pet se realmente estiver comprometido em atender suas necessidades. Ninguém deveria ter um animal de estimação ou uma criança, invocando seu direito a posse, se não possui condições de cumprir com seus deveres. Dever de dar abrigo, carinho, educação, alimentação, assistência médica. Alguns hipócritas vão me perguntar se estou comparando animais com crianças. Respondo que estou sim, ambos são seres indefesos, que não pediram para vir ao mundo, e precisam de nós, adultos, cuidadores, pais, para aqui viver.

Responsabilidade

Mas, voltando ao título acima: De quem é a responsabilidade pelos animais que estão na rua? Será das Ongs de proteção animal? Ou das clínicas e Médicos Veterinários? Para aquelas mentes pequenas e que pensam que sim, pergunto: Alguém já viu algum médico ou médico pediatra recolhendo criança necessitada na rua?

A responsabilidade sobre os animais que perambulam pela rua sem água, comida e abrigo, muitas vezes doentes e debilitado, é indiscutivelmente do poder público, seja União, Estado ou Município. Não dá mais para aguentar a falta comprometimento dos políticos com a causa animal, há sempre uma desculpa para não se investir nesta área. Falta vontade política, falta recursos financeiros. Já teve político que me disse que não dá voto. Os senhores estão enganados, há muitas pessoas engajadas nessa causa, tanto que deputados e vereadores estão se elegendo com essa pauta. E se falta verba é por incompetência administrativa.

Enquanto o poder público assiste inerte, os voluntários das Ongs de proteção animal, colocam seu tempo, seus carros e muitas vezes seu próprio dinheiro na tentativa de resgatar, tratar e proteger animais em situação de grave vulnerabilidade ou maus tratos. Tarefa essa que, em um País “civilizado”, seria responsabilidade do poder público. Que seria dos pequenos se não fossem esses valorosos voluntários, que em cada resgate, nos dão um verdadeiro exemplo de cidadania e amor ao próximo, e que infelizmente não recebem o devido reconhecimento. Triste ver que ainda existam mentes pequena e retrógradas que não evoluem. Para estas almas infelizes só resta o consolo da pena.

 

Créditos:

M.V Luciano Frozza

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